terça-feira, 27 de novembro de 2018

Tribos Indígenas

Essa tribo vive no Mato Grosso, na porção sul do Parque Indígena do Xingu. Hoje, são apenas 256, segundo dados do Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (Siasi). 
Os Yawalapiti são índios pequenos e robustos, que vivem às margens de uma grande lagoa. Têm o costume de trocar utensílios com os Aweti. Ambos vivem de pesca e caça e de roças de milho, batata-doce, cará e mandioca. Sua aldeia é asseada e eles têm aspecto saudável. Suas crianças confeccionam artesanatos desde cedo, passando as tradicões de geração para geração, sem deixar a cultura morrer. 
O primeiro encontro com não indígenas foi em 1887, quando foram visitados pela expedição de Karl von den Steinen, médico, explorador, etnólogo e antropólogo alemão que publicou Através do Brasil Central e Entre os Povos Nativos do Brasil Central. Steinen se impressionou com a pobreza da tribo.
Devido a confrontos contra outras tribos e divisões internas, os Yawalapitis não se estabeleceram em apenas um local e chegaram a se dissolver entre aldeias kuikuro, mehinako e kamaiurá. Voltaram a se organizar como tribo apenas no princípio dos anos 1950.


Os craós, craôs, caraôs ou caraús são índios jês habitantes do território denominado kraholândia: área que compreende as fronteiras entre os estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, no Brasil. Eles costumam construir suas aldeias em área circular, dividem-se em grupos políticos e somente há pouco mais de dois séculos entraram em contato com a civilização ocidental.
A tribo Krahô celebra a colheita no verão – a "festa da batata (panti)", e comemora a fartura da roça na "festa do milho (pônhê)", considerado sagrado. Cultivam, ainda, mandioca, amendoim e abóbora. Os casais são responsáveis pelo cultivo e preparam a roça para a família. Em caso de separação, a mulher fica com a produção. Depois da colheita, e só então, outros membros da tribo podem utilizar o mesmo local.
Os Krahôs pintam o corpo com urucum, jenipapo e carvão, conforme padrões estabelecidos por cada grupo. As crianças da tribo e as pessoas em resguardo utilizam, ainda, penas de periquito e de gavião coladas ao corpo.
Lá, a língua timbira é a primeira que as crianças da tribo aprendem a falar, mas os homens logo dominam o português, pois são os indivíduos do sexo masculino que mais convivem com os sertanejos e os que mais viajam para o meio urbano. Há 40 anos, poucas eram as mulheres adultas que falavam português, mas um número crescente delas vem aprendendo o idioma predominante do País.


XERENTE
Toda a tradição, os costumes e as crenças são passadas pelo ancião aos mais jovens, ou seja, é papel dos mais velhos cultivar a memória e a história para deixar viva a cultura do povo Xerente.
Também habitando os confins do estado de Tocantins e igualmente afetados por seus 250 anos de contato com não indígenas. 
O território Xerente é composto pelas terras indígenas Xerente e Funil, e localiza-se no cerrado do Tocantins, a 70 quilômetros do norte da capital, Palmas. A cidade de Tocantínia, entre as duas terras, tem sido palco de tensões entre a população local não índia e os xerente.
Explorando o cerrado, a tribo – que, de acordo com dados da Funasa 2010, totaliza 3.017 indivíduos – vive da caça e da coleta de itens como milho, mandioca, frutos e raízes diversas. Não é por acaso que a identidade masculina xerente está associada diretamente à condição de "bom caçador", "andarilho" e "corredor". 
Contudo, os xerente têm buscado outras fontes de renda. A confecção e a venda de artesanato – cestaria, bordunas, arcos e flechas, colares – apesar de muito desvalorizada pelos regionais, é uma das principais atividades desenvolvidas pelo grupo. Alguns integrantes conseguem recursos financeiros em cargos conquistados junto à Funai, como motoristas, ou ao Estado, onde atuam como professores ou agentes de saúde. 
Falantes da língua Jê, os xerente a mantêm com vitalidade. As crianças até cinco anos só falam o idioma indígena. Os adultos a utilizam em todos os contextos da vida cotidiana nas aldeias, mas quando conversam com não índios conseguem falar fluentemente o português.


GUATÓS
Os Guatós são, provavelmente, os últimos indígenas que preservam costumes tipicamente pantaneiras, como a arte de construir canoas e navegar pelos meandros do Pantanal. 
Considerados o povo do Pantanal por excelência, ocupavam praticamente toda a região sudoeste do Mato Grosso, incluindo terras que hoje pertencem àquele estado, ao estado de Mato Grosso do Sul e à Bolívia. Foi entre 1940 e 1950 que se iniciou de modo mais intenso a expulsão dos guató de seus territórios tradicionais. O gado dos fazendeiros invadia as roças dos índios e os comerciantes de peles dificultavam a permanência dos guató na ilha Ínsua e arredores. Acuados, migraram para outros pontos do Pantanal ou se dirigiram para as periferias de cidades, como Corumbá, Ladário, Aquidauana, Poconé e Cáceres.
Segundo dados da Funasa 2008, são cerca de 370 índios. Apesar disso, a língua guató está praticamente extinta. Até o começo de 2008, havia cinco falantes no núcleo de Corumbá, mas com o falecimento da índia Francolina, que tinha mais de 100 anos de idade, o número ficou reduzido a quatro.
Para sobreviver, os guató pescam, caçam e praticam a agricultura, ainda que essa última seja incipiente. Fazem uso de espingarda na caça, mas utilizam o arco e a flecha tanto para caçar quanto para pescar. 


Os povos Makuxi, Wapixana, Ingarikó, Taurepang e Patamona vivem numa terra chamada Raposa Serra do Sol, no norte do Brasil, na fronteira com a Venezuela e a Guiana.
Apesar de terem contato com pessoas de fora por mais de dois séculos, os índios mantêm seus idiomas e costumes.
É entre as cabeceiras dos rios Branco e Rupununi – território atualmente partilhado entre o Brasil e a Guiana – que a tribo habita. O povo tem 30 mil integrantes, conforme informações da Funasa. Estima-se que existam cerca de 140 aldeias no Brasil, vivendo de forma isolada e separadamente, mas não há dados precisos.
Vivendo nas florestas de Roraima, os makuxi sobrevivem da agricultura cultivando mandioca, milho, cará, batata-doce, banana, melancia, ananás, entre outros gêneros em menor proporção. Durante a estação chuvosa, que impossibilita a colheita, a tribo se separa em grupos domésticos, passando a viver isoladamente. 

Os índios da etnia Macuxi de Roraima custumam usar a pimenta malagueta para sarar dores de cabeça e dar mais disposição às pessoas. O 'remédio', no entanto, causa arrepios até nos observadores mais 'durões' quando é aplicado nos olhos de quem quer ficar curado durante o ritual da 'Pimenta no Olho', conduzido por um respeitável ancião da comunidade. Já na cerimônia do 'Papî', os indígenas fazem sangrar pernas e braços com uma lâmina para 'eliminar o sangue sujo', aliviar dores e dar mais disposição.


PATAXÓ
São 31 aldeias formadas por mais de 10.000 habitantes (12.326 segundo o censo de 2014 do SIASI). Os índios Pataxós falam o português com alguns vocábulos na língua Pataxó. Os Pataxó vivem em diversas aldeias no extremo sul do Estado da Bahia e norte de Minas Gerais.
Os habitantes praticam pesca e agricultura de subsistência, além de cultivar cacau e criar gado para gerar renda.
Há também a venda de artesanato indígena e investimentos no etno-turismo, como já descrito. Alguns Pataxós prestam serviços de hotelaria e aluguel de barracas em Porto Seguro.
Os Pataxó vivem em diversas aldeias no extremo sul do Estado da Bahia e norte de Minas Gerais
Para os Pataxó, em cada tipo de linguagem há um espírito, cada coisa que fazem é uma homenagem a eles. Tudo o que fazem envolve muito respeito pois tudo na vida deles é sagrado.
Nas pinturas corporais dos índios Pataxó, cada cor tem seu significado:
- VERMELHA: é usada para a guerra;
- PRETA: usada no luto de parente;

- BRANCA: significa paz.